Estes tempos aparentemente absurdos só o são para os que pensam que ser dotado de pernas, braços, mãos e pés, dois ouvidos, uma boca, dois olhos e uma caixa craniana assegure a qualquer ser a condição humana. Seria absurdo se de espécimes dessa categoria de indivíduos de família e espécie ainda por definir não se conhecessem os antecedentes. Afirmo isso diante dos comentários, análises, críticas e especulações a respeito do que aconteceu na noite do último dia 12, em cuja tarde Luís Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin receberam o título que lhes dá direito ao exercício da Presidência e da Vice-Presidência da República. A vontade de 60 milhões de brasileiros tem sido contestada desde que conhecidos os resultados das urnas de 30 de outubro. Pelo conhecimento que todos têm da folha corrida do derrotado, e pelas práticas a que está ligado, previam-se os empecilhos com que ele e seus fanáticos seguidores tentariam impedir o cumprimento do rito constitucional. A forma obscura até agora mantida de sua exclusão das forças armadas, sua proximidade com grupos de quem não se pode dizer terem uma vida regrada e proba, e o registro de ativa participação no planejamento de ato terrorista autorizam no mínimo supor que ele mesmo tem a ver com os acontecimentos que tiveram Brasília como centro e foco. Longe de isso gerar o cabal pronunciamento de instâncias voluntária ou involuntariamente, direta ou indiretamente envolvidas nos atos terroristas da noite de 12 de dezembro, em Brasília, a resposta é o invariável silêncio. Como se isso trouxesse algum benefício para os envolvidos, a ponto de implicar o envolvimento também das instituições que dirigem em ato por todos os títulos merecedores da mais vigorosa repulsa da sociedade. Ainda bem que, sem alimentar qualquer desejo de vingança - e motivos não lhes faltariam - Lula e Alckmin comprometeram-se mais de uma vez com um governo que contemple todos os quase 220 milhões de brasileiros. Isso não quer dizer, porém, que os suspeitos de envolvimento em toda a série dos atos terroristas que se vêm praticando no Brasil, desde 2019 devam ficar no esquecimento. Qualquer omissão ou leniência, nesse caso, não será mais que a reprodução da cumplicidade dos atuais (des)governantes. Além de tornar exigível por todo cidadão a isonomia. Ou seja, o direito de também delinquir, sem sofrer as consequências dos ilícitos por ele praticados.
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