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Foto do escritorProfessor Seráfico

Um novo eixo

Mobilizam-se as forças de direita para frustrar a reeleição de Jair Bolsonaro. As defecções experimentadas nesse lado do espectro político, desde quando João Doria e Sérgio Moro ganharam asas, têm animado outros aventureiros. O ser humano é assim mesmo: se vê o vizinho se dar bem, mais arriscada seja a empreitada, sempre acha meio de considerar-se à mesma altura. Antes escondida e envergonhada, com mil razões a justificar a discrição, a direita achou chegada a sua hora. Mesmo que para isso tivesse que agredir a Constituição, restringir o amplo direito de defesa, estimular as fake-mews e delas beneficiar-se, oferecer mandatos em troca de postos, subverter o devido processo legal. Afinal, justificar com os fins os meios ilícitos é que assegura um lugar nos céus. O diabo é a hora de dividir o espólio dos usurpados e distribuir as benesses que o poder garante. Um a um dos direitistas (muitos deles travestidos de uma posição centrista sem correspondência com a realidade) foi abandonando o barco. Teria chegado a hora, portanto, de aproveitar a onda e pôr sua prancha em direção à praia. Reorganizar a direita, assim, é do que tratam os mais recentes nomes cogitados para a sucessão de Bolsonaro. O mais novo eixo dessa prancha de surfistas pretensamente mais espertos que os outros constitui-se do ex-Chefe da Operação Lava Jato, o notório Sérgio Moro; outro é o apresentador de televisão Luciano Huck, por quem Fernando Henrique Cardoso põe a mão no fogo. O terceiro pode vir de lugares conhecidos e outros insuspeitados. Luís Henrique Mandetta é um. Rodrigo Maia é outro. Não se descarte o atual vice-Presidente, como nem João Doria deve ser posto à margem. Há um, porém, que tem a cara do eixo em formação. Pela conduta pautada no mesmo evangelho dos demais, pelo comportamento social preferido, pelas práticas que caracterizam boa parte de sua categoria. Trata-se de Luciano Hang, que, não tendo a aparência física do apresentador de televisão, veste-se com roupas que completariam a fisionomia do outro Luciano. O lema da campanha pode ser este: Brasil, carnaval, esperteza e samba, no País de Zé Carioca!

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