A nomeação de Dom Leonardo Ulrich Steiner para o Colégio de Cardeais, pelo Papa Francisco, tem vários significados. Nenhum deles agradável aos que usam o nome de Jesus para enganar, matar, agredir os direitos humanos e zombar da inteligência e dos sentimentos da população brasileira. Não é gratuita a escolha de um sacerdote católico no pleno exercício de suas funções na Amazônia. O trabalho do arcebispo de Manaus tornou-se mais visível e, por isso, louvado onde quer que haja respeito ao Crucificado, com a realização do Sínodo da Amazônia, 2019. Lá, as agressões desferidas à natureza, aos donos originais das terras, às relações interpessoais mantidas só não têm causado legítimas preocupações e atraído iniciativas capazes de travar o desenvolvimento, da parte dos que a não têm em boa conta. Valem-se esses agentes, da pobreza e da fragilidade em que vive a maioria da população regional, para impor políticas nocivas ao ambiente natural e aos povos nela instalados. Não terá sido outra a razão por que em certo momento da pandemia, a capital mais populosa da região, Manaus, se tenha tornado o epicentro da covid-19. Nem faltou a contribuição oficial, para levar o número de mortos às cifras hoje conhecidas. Em processo que não se sabe quando será definitivamente estancado. Discreto, mas atuante, o representante de Jorge Bergoglio não se tem negado à participação ativa e comprometida com as melhores causas da região e de seu povo. Não bastasse o documento firmado pelo Comitê de Combate à Corrupção, postado em NA ONDA, neste blog, a presença do sacerdote católico naquele coletivo reafirma permanente e cabal preocupação com os problemas que afetam a população da Amazônia e disposição para, seguindo à riscas os mandamentos religiosos e a doutrina social da Igreja, contribuir para a superação da pobreza da maioria dos amazônidas. A designação de Dom Leonardo, mais que um ato de justiça, soa como um alerta aos ouvidos dos que se comprazem da dor e da miséria alheias. Dor e miséria que esses mesmos zombadores não cansam de agravar e multiplicar.
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