Tutte brave persone

Acostumamo-nos a desprezar relações no mínimo suspeitas, seja pelo motivo que for. Nem sempre é a ignorância a respeito dos pormenores envolvidos que leva a esse desprezo. É frequente, ao contrário, observar que a indiferença aparente resulta dos interesses em jogo, não da dificuldade ou da impossibilidade de olhar com olhos de ver. Por isso, muita maracutaia e muita má intenção passa despercebida. Como, porém, todos os gatos são pardos somente à noite e alguns deixam seus rabos de fora, sempre chega o momento em que as intenções ficam expostas e os seus beneficiários acabam por desmoralizar-se. Quando os apetites são descobertos antes de consumar-se o abocanhamento do butim, aí então testemunharemos sempre o que antes se pensava afetar apenas o mundo ostensivamente marginal. No caso dos grandes marginais, pode até demorar a exposição. Há um dia, todavia, em que tudo é posto à luz do sol. Matheus Leitão, da Veja, anuncia o arranca-rabo nos arraiais próximos ao Presidente da República. Comparsas até pouco tempo, muitos dos que rezam pela mesma cartilha e figuravam de papagaios de pirata dele passaram a queixar-se e denunciar o que lhes parece, AGORA, reprovável. Mencionando-se o nome de alguns deles, logo se descobrirá a origem e as crenças de que todos eles são portadores. O jornalista da Veja trata das desavenças entre os irmãos (há outros, em revista de quadrinhos da Walt Disney, identificados por números) Weintraub e um dos numerados descendentes do presidente, o 0(à esquerda)2; também digladiam-se Roberto Jefferson e Waldemar Costa Neto.