Time is money

Como dar crédito a um Instituto chamado Levadas, tido como instituto de pesquisa da Rússia, se lá há a mais feroz ditadura? De que Putin, o menino de ouro da KGB é um ditador, a dúvida pode estar na cabeça de todo mundo, não na minha. Da mesma forma como Biden, que dita suas ordens, dentro e fora do País, com apoio em instrumento diferente – o dinheiro. Não é dessas semelhanças entre um, que governa o que um antecessor chamou de complexo industrial-militar, e o outro, gestor da falecida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que me ocupo. Ambos, repetirei, ditadores. Sendo que o primeiro, quando a grana está curta, faz seu papel expansionista através de prepostos que se vendem por pouco, ou usando armas. Até a bomba atômica, quando isso é conveniente. Nagasaki e Hiroshima não me deixam mentir. A História sempre deixa rastros. A missão a que ambos se dedicam, digam o que disserem, é semelhante: estender suas garras até onde a mão alcança. (Entendam, por favor, o sentido figurado da frase). Um, em desvantagem, porque perdeu parte dos territórios alcançados por mãos anteriores. O nome do império, por inverossímil, foi sepultado. Os socialistas que acreditavam no futuro da URSS cederam seus lugares às máfias, tudo segundo o figurino do inimigo tão semelhante. Talvez muitos, não por escolha pessoal. Outros, em doce constrangimento. A carne é fraca. Mais ainda, quando o bolso é forte. Daí é que vem minha apreensão, com a divulgação do que o tal Levadas publica. O apoio dos mais jovens russos ao poderoso governante, de um lado; do outro, o suicídio imposto ou escolhido aos/pelos jovens ucranianos configuram certo tipo de percepção do Mundo pouco ou quase nada diferente do que levou à Segunda Guerra. Pareço ver o nacionalismo doentio de Hitler em pleno vigor, quando se fala em globalização. O sonho da Pátria única, de um Mundo de irmãos, enfim – da Paz, portanto, fica para depois. Ainda há bolsos a encher, e time is money.