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Tergiversações e sua hora

Parece próximo o momento em que o governador do Estado do Amazonas será forçado a decidir: manterá fidelidade aos que sempre viram a Amazônia e o Amazonas como fonte do enriquecimento de colonizadores e exploradores de toda espécie; ou se porá ao lado dos que pretendem escrever uma história de adesão às propostas contrárias. Parceiro na matança de cerca de 15.000 amazonenses vitimados pela covid-19, não pense ele que a população do Estado entregue aos seus caprichos e negaças já esqueceu. Muito menos aqueles que se viram privados da companhia de pais, esposos, irmãos e amigos, muitos deles porque lhes tenham faltado oxigênio e outros meios de preservar a vida. Nem a maioria da população tem os olhos fechados para as ameaças contra as populações interioranas, sempre presentes e agravadas nos últimos quatro anos. O extermínio dos povos originais, a perseguição aos ribeirinhos, de que a caça e a pesca predatórias são exemplares, e a contaminação decorrente da exploração minerária no território amazonense não podem persistir. Já nem se mencionem os graus de devastação da floresta no Amazonas, sobretudo como resultado das políticas federais de 2019 a 2022, sem que se ouvisse a voz vibrante e resistente do governante estadual. Agora, é a população de Tapauá - e, pode-se prever, de toda a calha do rio Purus - que se sente ameaçada. Balsas equipadas com equipamentos usados na extração de minério, o ouro em especial, têm sido vistas naquela microrregião, levando o desassossego às populações ribeirinhas. O silêncio ou a vagareza com que as providências repressivas - quando parece desinteressante a proteção das gentes e a prevenção da ação delinquente - são ou serão tomadas, incidem na mesma conduta dos que, por omissão, deixaram a situação chegar no ponto em que está. Chega de tergiversações! A tomada de posição em defesa do povo do Amazonas e da Amazônia não é coisa que se possa esperar. Nem um segundo mais...

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