Andam falando por aí que teremos um novo normal depois da pandemia, com mais solidariedade e amor. Acho que não. Aqui do meu lado social temos somente um normal piorado, com fome, violência doméstica, desemprego, e muita saudade dos nossos amores que partiram.
Talvez o novo normal só existirá para os 40 novos bilionários brasileiros em 2021. Não que passem a ser solidários ou com amor no coração, mas acumularam riqueza às custas do trabalho e do suor dos outros. Muitos até ganharam mais dinheiro com a desgraça do povo na pandemia.
Aqui na minha classe social o novo é de mais sofrimento, de tristeza e incerteza com o amanhã. Quem já era solidário continuará solidário, mas com a dor da partida dos que eram amados. Quem já amava continuará tendo amor, muito amor, pois quem ama é um ser sublime.
Não. Não teremos um novo normal.
O normal continuará sendo de exploração e de opressão do homem pelo homem e da mulher pelo homem. Não que essa realidade seja perene, mas ainda vai perdurá enquanto o mundo for dominado pelo lucro e pelo desamor.
Nossa luta será por um novo normal que tenha mais amor, solidariedade, tolerância e justiça social. Aí sim seremos mais felizes.
Meu medo hoje é dos vermes que saíram dos esgotos e estão espalhando ódio, intolerância e maldade. Muitos deles se travestiram de religiosos, outros simplesmente viraram propagadores da morte. Isso pode nos levar somente a um normal mais sombrio, sem futuro e sem esperança.
Continuo na luta, sem ódio e com muito amor. Tenho a certeza que venceremos. Um mundo melhor será construído.
Neste Dia dos Professores e das Professoras minha solidariedade às famílias dos educadores que partiram vítimas da Covid e do genocídio.
Lúcio Carril
Sociólogo
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