Dentre as muitas ONGs em funcionamento no País, encontram-se organizações cujos serviços podem e devem ser louvados, e outras que não passam de arranjos para obter recursos públicos destinados, inclusive, à prática de crimes. É frequente o envolvimento de algumas dessas últimas em falcatruas praticadas à sombra - às vezes com indisfarçável cumplicidade - do poder público. Não é menor nem menos frequente a participação de empresas em negócios semelhantes. Somente as ONGs, indiscriminadamente, têm sido objeto da hostilidade dos políticos, porém. Talvez por que raras delas tenham no rol de beneficiários portadores de mandato popular. Há uma ONG, todavia, que passa ao largo dos cuidados moralizadores dos fariseus. Ela reúne servidores públicos aposentados, durante sua vida funcional impedidos de ativismo político. Refiro-me ao Clube Militar. Nada me faria supor, pelo menos até onde sei, que o Clube também seja destino de dinheiro público desviado. O crime que seus membros têm cometido, e não è de hoje, é de outra natureza. A exortação às práticas terroristas de janeiro, por exemplo, atenta contra o Estado Democrático de Direito e configura participação no ainda apenas suposto golpe de estado. Isso não fez cessar, no entanto, a inserção de matérias de lá emitidas ou elaboradas, claramente ofensivas à democracia. Na década dos 1950, um manifesto dos coronéis fazia o mesmo. Todavia, um Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, general legalista à toda prova, pôs fim na baderna. Quem deseja repetir seu gesto? Do atual comandante do Exército, general Tomás Paiva talvez se possa esperar isso.
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