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Sem novidade

Recente encontro do candidato à reeleição com empresários repetiu a cantilena cansativa. Os mesmos e despropositados ataques a outros países, a crítica a realidade ultrapassada, nenhuma demonstração de interesse pelos problemas reais da maioria dos brasileiros. De novo, a referência à vizinha Venezuela, como se o rude orador estivesse em palanque de Caracas. O uso do falecido comunismo, como se fosse essa a ameaça a evitar. Sobre a fome crescente no País, nada. Novamente parte do empresariado brasileiro saiu gratificada do encontro. Segundo o noticiário, não faltou a saudação que muitos imaginam própria de um rebanho fanático e desinformado. Impossível imaginar dentre os poderosos econômicos algum que se deixe enganar. A posição social por eles ocupada diz o contrário. Enganados são os outros, de cujos suor e sangue decorre o volume das contas bancárias. E os ganhos financeiros que justificam tanta euforia. Para esses usufrutuários da ignorância, da violência e da suposta insanidade do (des)governante, nada melhor!

Difícil separar, naquele auditório atento e feliz os beneficiários de todos os governos, de Collor a Lula, de FHC a Temer. Dos generais-presidentados a Dilma. Com todo o envolvimento que muitos deles tiveram com as falcatruas costumeiras, motivadoras de falsa indignação. Rei morto, rei posto parece sua grande bandeira. Defendida com muito sangue, suor e esperança - dos que nossa elite escolheu como inimigos.

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