Sem mato e sem cachorro
- Professor Seráfico
- 2 de dez. de 2020
- 1 min de leitura
Cassar sempre será mais fácil que caçar. Nesta, precisa-se ter cachorro (à falta dele, gato serve). Na outra, o verbo substitui com vantagem o substantivo: matar é diferente de manter a mata. O cão necessário está na mão. Nesta, o revólver. Que não é a única fonte do fogo que se espalha. E a Amazônia, oh, desertificando-se! Disso já se sabe, e o próprio vice-Presidente Hamilton Mourão já admite, porque o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial - INPE, o atesta: o desmatamento da Amazônia cresceu 34%, entre 2018-2019. O Pará, paraíso dos desmatadores, fez corte raso em mais de 40% da área desmatada em toda a região, sendo que os Estados do Tocantins (0,23%) e Amapá (0,32%) foram os que menos desmataram. Pará, Amazônia, Mato Grosso e Rondônia respondem por quase 85% do total, cerca de 10.000 hectares devastados. Mata, assim, no dialeto regional representa mais um tempo e modo verbais que um substantivo. Pelo menos, na gramática dos que mandam.
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