Sem autocrítica
- Professor Seráfico
- 9 de fev. de 2020
- 1 min de leitura
Dentre os inumeráveis exageros assaz divulgados nestes tempos de fake-news há o de que Lula e o PT são de esquerda. Nada mais inverídico. O fato de ter tirado, temporariamente, milhões de família da miséria não autoriza ninguém a dizer-se de esquerda. Seria necessário assegurar a posição conquistada pelos miseráveis resgatados, em grande parte devolvidos àquele espaço de carência. As políticas ditas compensatórias, portanto, trazem o infeliz timbre do populismo, nada mais.
Depois, rápida consulta a declarações, discursos e entrevistas de Lula atestará o anti-esquerdismo que lhe é inerente. Nem o irmão, chamado Frei Chico, conseguiu torná-lo um homem de esquerda. Pior, sua conduta diz tudo: sempre impediu o surgimento de qualquer nova liderança no partido que é seu. E, antes mesmo de subir a rampa (com a Carta aos brasileiros, o documento de rendição ao doce charme da burguesia), mostrou preferir o Romanée Conti, ao macacão que por longo tempo trajou. É compreensível, portanto, sua recusa em fazer a autocrítica.
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