Sem alma, armas

Apontem-se os lápis, preparem-se as calculadoras! A aprovação pela ALE-AM do projeto que libera o uso de armas de fogo precisa ter suas consequências acompanhadas. Registradas e estudadas, sobretudo. Mesmo se a abundância de registros e análises não impediu o início e, agora, o avanço de movimento que transformará o Brasil em imenso faroeste. À exceção do deputado Serafim Corrêa, vinte deputados presentes deixaram suas digitais nessa importante contribuição à escalada de violência. O mesmo já aconteceu no Distrito Federal e em Rondônia, tudo sob a regência de um dos zeros à esquerda que poluem a sociedade brasileira. Em mais de uma dezena de Estados, o Legislativo trata de engrossar essa marcha da insensatez. Imagine-se o que aconteceria, não tivesse o próprio Presidente da República sido desarmado por assaltantes! Isso, quando o atual Presidente ainda não era acompanhado por forte esquema de segurança pago com o dinheiro do contribuinte. É como se ignorássemos, os deputados e seus iludidos eleitores, qual o destino dado às armas roubadas. Ao que deseja pintar um quadro, dão-se pincéis e telas; ao que pretende erguer uma casa, agradará receber cimento e colher. Quem pode reivindicar apropriar-se de uma arma? A produção de almas? Os números responderão.