Aqui e acolá, timidamente encontram-se insinuações de que o Presidente da República tentará o auto-golpe. A tentativa de repetir o frustrado 7 de setembro de 2021 ainda não saiu da agenda presidencial, mas ninguém garante que ele fará isso, pelo menos nessa data. Afinal, as medidas irresponsáveis e eleiçoeiras que ele tem posto em prática poderão reduzir o risco de derrota no primeiro turno. Há, porém, os que simplificam as coisas e consideram que não haverá segundo turno. A reeleição será frustrada na primeira rodada. Outros acreditam que o auto-golpe só sairá da agenda presidencial se houver expressiva recuperação dos números, nos próximos meses. O tempo não obedece, antes impõe, a velocidade dos fatos. Considerar as aflições por que passa o Presidente e a impossibilidade de elimina-las o aconselharão. E, como se sabe, ele mais que todos, mantido o ordenamento jurídico, seu futuro não tem bons prognósticos. Esse raciocínio leva a memória a exercitar-se, despertando saudades de dois militares praticamente esquecidos. Refiro-me a Cândido Rondon, que preferia morrer a matar algum indígena. O outro, chamado Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, impediu o golpe que era articulado para não deixar que Juscelino Kubitscheck de Oliveira assumisse a Presidência da República. Não sei por que, mas a leitura de um artigo do general Santos Cruz, publicado domingo passado, me provocou a memória.
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