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Quando a esperteza vira chantagem

Foto do escritor: Professor SeráficoProfessor Seráfico

Avançam as tratativas para assegurar o pagamento do Bolsa-Família às famílias brasileiras em situação de miséria, que os últimos quatro anos agravaram. Além disso, o trigoverno a inaugurar-se em 01 de janeiro próximo promete mais R$ 150,00 a cada menor de cinco anos. Algo que, feitas as somas, oneraria os cofres públicos em cerca de 170 bilhões de reais. Por enquanto, estão postas na mesa de negociação na Comissão de Transição (ou transação?), as sugestões do coordenador do governo moribundo, assegurando o rompimento do teto de gastos para cobrir a despesa apenas no primeiro ano, 2023. Esclareça-se que, mesmo fixado em R$ 400,00 caso Lula fosse derrotado, o valor total não constara do orçamento enviado ao Congresso. Conto do vigário iminente. Do lado de Lula, a exclusão da dinheirama do teto deveria viger durante os quatro anos de seu novo mandato. É na confluência dessas propostas que interfere algo que, a rigor, nada tem a ver com o interesse público, muito menos com a fome que se espalha pelo País, ainda que haja os que não a vê nas ruas escaneando lixeiras e na porta de açougues que vendem o ossinho da sopa de todo dia. Essa interferência corresponde a outro tipo de fome, que só o poder (os cofres que o assistem, junto)sacia. O deputado Arthur Lira deseja manter-se Presidente da Câmara dos Deputados. Derrotado seu líder, permanece intocado seu prestígio no centrão. Se o parlamentar não pode contar com p calor e o afago do Presidente da República, nada melhor que usar sua reconhecida esperteza e obter pelo menos a distância do Planalto à nova empreitada. Assegurar o rompimento do teto por quatro anos significa abrir mão do mais desavergonhado instrumento de chantagem que se possa imaginar. Mesmo se estamos tratando - ou talvez por isso mesmo - da fome de boa parte do povo. Nunca a fome de uns serviu tanto aos piores sentimentos de tão poucos. Alguém há de sugerir que a autorização pode ser dada por tempo indeterminado de que o máximo sejam quatro anos, até os números de nossa economia e as reais condições de sobrevivência mostrarem ter sido reduzida, se não vencida mais uma vez a fome. Como ocorreu, e não faz muito tempo. Para isso existem os órgãos de pesquisa e informação, cuja ação foi asfixiada neste período trágico de nossa História.

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