Enquanto tergiversava a respeito do apoio a Baleia Rossi, o Partido dos Trabalhadores entretinha tratativas com os apoiadores de Arthur Lira, candidato de consenso entre o Presidente da República e o senador David Alcolumbre. Na Câmara Federal, os partidos arregimentados em torno do candidato indicado pelo MDB veriam mais próxima a derrota do governo, se o PT cerrasse fileiras com eles. Já no Senado, seria quase impossível vencer a candidata Simone Tebet (MDB), caso os senadores petistas formassem com ela. Não é o caso, em nenhuma das duas Casas. Pode ser que até o dia da eleição dos presidentes do Senado e da Câmara o cenário seja alterado. Impossível imaginar unanimidade nas hostes petistas, desde que Tarso Genro e Olívio Dutra (pelo menos estes) falaram em refundação. Não se conhecem as razões ou simples pretextos que justifiquem o apoio a um candidato ao gosto e figurino do DEM e do Presidente da República, tanto quanto falta explicar distância em relação a Baleia Rossi. A decisão do PT, em ambos os casos, ressuscita questões há muito tempo levantadas e incômodas ao Partido. A recusa em votar contra Maluf, no Colégio eleitoral; a ausência da assinatura de petistas na Constituição de 1988; a insistência na candidatura do Partido, depois do crime que afastou Lula da disputa de 2018; a rejeição à frente proposta como resistência ao atual governo – tudo isso, em que pese não exaurir extensa relação de episódios assemelhados, deve constar das análises destes turbulentos dias.
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