Pirro viveu no século II a.C. Filho do rei de Epiro, cidade grega, chegou aos 17 anos ao posto antes ocupado por seu pai. Antes de derrubado por Demétrio, combateu os romanos e aliados, na chamada guerra pírrica. Epiro e Atenas eram as cidades envolvidas em conflitos que duraram de 280 a 275 a.C. Vitorioso nesses combates, Pirro pagou caro. Ao contrário das forças romanas derrotadas, o exército de Pirro sofreu tantas baixas, que não conseguiu manter e recompor suas tropas. Daí a expressão que hoje pode ser atribuída à vitoria eleitoral de Lula, em 2022. Refém do centrão e do que pode ser pior, no Congresso, o triPresidente ainda não conseguiu dar curso às propostas que levaram os eleitores a empurra-lo na subida da rampa do Palácio do Planalto. Aproximamo-nos da metade do mandato de Lula, sem que o eleito pudesse pôr em prática um programa minimamente parecido com o de suas gestões anteriores. Nestas, pelo menos o País viu avançar parte do ideário de justiça social prometido. Desta vez, a força dos interesses da elite e dos detentores do capital ofereceu resistência às propostas de Lula, depois do desmanche de programas, órgãos e agências criados no período 2002-2010. A recuperação das perdas, e a reconciliação de uma nação dividida, bases proclamadas em campanha, estão longe de alcançadas. Em grande medida, pela salada em que constitui o Ministério. Daí, talvez, a razão de tanto fogo (dito) amigo. Em linguagem popular, quem ganhou não levou. Há como recuperar o tempo perdido? Como?
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