Desde criança, aprendemos que o peixe morre pela boca. Bastava ouvirmos isso dos mais velhos, para sabermos que as bobagens ditas incomodavam e às vezes interrompiam conversas de adultos. Isso é uma coisa, bastante diferente de bobagens e palavrões serem ditas por adultos que se dão importância maior que a que pensam ter. Em geral, os bravateiros e de cérebro (quando acontece de o terem) vazio avaliam ganhar prestígio e poder, quando fogem às mínimas regras de educação e civilidade. Pensam-se acima do bem e do mal e de todas as demais pessoas que os circundam. Daí às grosserias, nem um passo é necessário. Mesmo quando essas grosserias e a linguagem de bordel extravasa de um celular descuidadamente deixado ligado. Como aconteceu, mal começado o desgoverno em vésperas de finar-se, com nada menos que o Chefe do Gabinete da dita Segurança Institucional. Sem o ser, de fato, porque instituições não costumam preocupar ou merecer a atenção de gente desse tipo. Eis que as más qualidades justamente reconhecidas no mesmo protagonista autor dos palavrões anteriores manifesta-se de novo. Desta vez, para lamentar a boa saúde de que goza o vencedor do segundo turno das eleições presidenciais, cuja estrela o leva pela terceira vez ao posto de Presidente da República. A mesma estrela que o fez uma das maiores lideranças mundiais, a despeito de ser um migrante nordestino, operário de profissão e sem outra qualquer estrela que não aquela tecida com a solidariedade e o amor dedicado aos mais pobres, desgalonados de toda estirpe, que se somam aos milhões. Os mesmos, e mais alguns outros, que foram tirados do circuito dos sem-comida, para logo a ele serem devolvidos, nos últimos quatro anos por completar. Infelizmente - disse a ave de mau agouro - Lula não está doente. Não estará, pelo menos dentro da perspectiva temporal (não estará, mesmo?)dos que o detratam, fazendo companhia às 700.000 almas que a pandemia levou. Que a saúde alheia incomoda aos de boca suja, ninguém teria qualquer dúvida. A falta de oxigênio em Manaus e a charlatanice vigente no momento mais trágico da covid-19 o dizem. Ainda mais quando o mesmo desprezo pela Vida é a única resposta encontrada pelos que foram punidos por obra da Natureza. Obra que torna coerentes o ambiente mais íntimo e interno da pessoa com as manifestações que de sua boca - sabe-se lá de onde mais - saem.
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