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Pauta

Os candidatos inspirados por objetivos e propósitos republicanos e democráticos não podem deixar-se seduzir por qualquer desvio. Caso cedam ao impulso de responder à armadilha que interessa ao opositor mais ousado, correm o risco de perder o rumo. E votos. Uma dessas armadilhas refere-se à tentativa do candidato à reeleição que ele mesmo prometeu extinguir, em dar relevância a aspectos alheios ao Estado republicano. Laico, por consequência. O máximo que cabe a qualquer candidato é reconhecer a mais ampla e livre opção religiosa. Nada além disso. Tudo o mais que for dito a respeito do tema está fora de propósito razoável, sendo seu uso axapenas o desejo de poluir o clima da campanha e evitar o debate do que interessa à sociedade. Sendo abissal a diferença entre a maioria dos candidatos e o outro que deseja ver-se mantido no poder, o desvio só a esse interessa. Primeiro, porque substitui sua ignorância a respeito de tudo a quanto aspiram seus concidadãos. Depois, porque revela absoluta incompreensão do significado e das responsabilidades que pesam sobre os ombros (e a cabeça, se ela existe) do Chefe do Poder Executivo, no Estado Democrático de Direito. Mesmo que haja motivos para suspeitar de articulações preparatórias de um golpe, pode-se também admitir a capacidade da sociedade civil e dos setores organizados da sociedade para resistir a qualquer nova tentativa de romper a precária democracia até aqui conquistada.


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