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Palavras e conduta

Já começaram a ser passados os panos quentes de sempre, não importa a gravidade dos crimes cometidos. A disposição de Lula, empossado Presidente, de promover a união do País, governando não para seus eleitores mas para todos os brasileiros, não pode ser distorcida. É isso, porém, o que parte dos media interpreta como fazer tabula rasa de um lado e outro, quando as atrocidades foram todas cometidas apenas por uma delas. A que em menos de dois meses será forçada (será?) a deixar o poder. Tamanha a gravidade e ampla a variedade de crimes, que os deixar sem a devida persecução judiciária não pode ser considerada união nacional. Será não menos que grave ofensa à sociedade, equivalente ao indulto e às reverências concedidas ao ex-deputado Daniel Silveira pelo quase ex-Presidente. Não se pode admitir a repetição da anistia que assemelhou os crimes de tortura e assassinato ao exercício de protestos e manifestações realizados por pessoas desarmadas, ao abrigo mesmo da legislação excepcional de que o Ato Prostitucional (como o chamava o advogado paraense Alarico Barata, considerado o Sobral Pinto do Norte)n° 5 é o exemplar mais perfeito e acabado. O mínimo a fazer é responsabilizar e punir os criminosos, sempre garantido o amplo e inalienável direito de defesa, e respeitado o devido processo legal. Outras nações do continente trataram os delinquentes, civis e militares, com critério mais afeiçoado à democracia. Por isso, lá as leis de anistia não serviram de cobertor para as atrocidades cometidas, nem estimularam o cometimento contínuo de crimes contra o Estado Democrático de Direito. É injusto e abjeto que a maior nação da porção sul do continente americano não faça igual.

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