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Pés pra trás

Arthur Reis, talvez o último conservador levado a sério, nem por isso era destituído do sentimento nacionalista que muitos alegam trazer consigo. Sua denúncia da cobiça Internacional pela Amazônia era acompanhada de ações e decisões em defesa da região. Viviam-se tempos de guerra fria. Nunca soubemos de que seu patriotismo admitisse ajoelhar-se em reverência aos símbolos de outro país. Menos, ainda, de o historiador jurar submissão a governante estrangeiro, qualquer que fosse. Eram tempos, também, em que as lideranças conservadoras cuidavam de não se deixar o culto e a adesão à mentira. A explosão das comunicações, como alguém já chamou; a intensificação das relações entre países, na direção do que Mac-Luhan chamou aldeia global; as mudanças climáticas; e a incapacidade de capitalismo e socialismo à soviética resolverem os problemas sociais desenharam o cenário em que vivemos. Aqui e acolá, são ostensivos os sinais de que experimentamos o regresso. Tão acelerado quando referido à busca de reduzir a desigualdade, quanto o é, na criação de tecnologia. O melhor seria imaginar enorme aproximação da igualdade, antes de o homem pisar em outros planetas. Seria melhor, mas dificilmente viável. A realidade revela cada dia mais agudos e extensas a fome e o cerceamento da liberdade. Nesse infeliz ranque, o Brasil dos últimos anos tem feito o possível para sair na fila da frente dos concorrentes. Recusamos o papel que a comunidade internacional nos vinha reservando, tão colonizadas e pobres as mentes dos governantes. A marcha de Curupira...

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