Outros ganhadores, outras batalhas
- Professor Seráfico
- 17 de jan. de 2023
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Antes, listamos alguns dos ganhadores e dos perdedores dos atos terroristas praticados pela versão brasileira do Al Kaeda. Outras batalhas virão, como decorrência do primeiro confronto, entre os inimigos e os defensores da democracia. O troféu em disputa, agora, é o espólio eleitoral do ex-Presidente que 60 milhões de brasileiros enxotaram. Do Planalto e do País. Embora, a rigor, não seja maior que 15% do eleitorado, o espólio tem sido confundido com votação superior, explicável pelas mais diferentes razões. Seja qual for esse percentual, o apetite dos herdeiros presuntivos não desdenham dele. Sobretudo porque cada dia mais, dependendo do avanço das investigações, um mandato parlamentar será efetivo sucedâneo do habeas-corpus. Esses herdeiros, no entanto, não decorrem de vínculo sanguíneo, como desejado pela família quase real. Não há qualquer zero à esquerda canalhamente ousado, a ponto de pretendê-lo. Antigos seguidores e parceiros travarão a nova batalha. Pelo menos dois, de perfis incidentalmente diferentes, mas substancialmente identificados entre si, são o senador eleito Hamilton Mourão e o ex--juiz julgado parcial pelo STF, ex-empregado de empresa mencionada na operação Lava Jato, ex-Ministro da Justiça e ex-candidato a dinheirama da Petrobrás e readmitido na grei presidencial, Sérgio Moro. Curiosamente, dois possíveis parentes de Otelo. Outros disputantes podem apresentar-se. Talvez nenhum tão parecido com o antecessor. Não custa lembrar a batalha de Alcácer-el-Kibir, no século XVI, no Marrocos. Se surgirá novo sebastianismo, não se sabe ainda.
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