Posso estar enganado, mas a carga mais pesada nos primeiros dias da próxima gestão do Tripresidente estará nos ombros do Ministro da Defesa. Vêm da área sob sua jurisdição os maiores riscos. Não apenas quanto à solução dos graves problemas que afetam a população, mas sobretudo os que dizem respeito ao Estado Democrático de Direito. Demos a interpretação que se quiser às reiteradas agressões à Constituição, tão ao gosto do quase ex-Presidente e seus fanáticos, elas projetam seus efeitos para gerações futuras. O tom conciliador revelado pelo Ministro da Defesa escolhido por Lula, no entanto, contém um ingrediente preocupante: a consideração dos espíritos que antes precisam ser desarmados. Quem garante que as portas dos quartéis estarão limpas dos acampamentos instalados pelos delinquentes, depois da posse de Lula? Qual o tempo que os espíritos armados exigirão, até que suas armas sejam ensarilhadas? Uma vez alcançada, a manutenção do Estado Democrático de Direito, até para merecer essa qualificação, é exigivel a apuração das responsabilidades pela balbúrdia estabelecida diante - e com a efetiva solidariedade - dos quartéis. Depois disso, a aplicação das penas cabíveis. Pouco mais à frente, não há como admitir a proteção aos que combatem a Comissão da Verdade. Nem como evitar a punição dos que tentam esconder tudo quanto ela revelou. O êxito de José Múcio Monteiro e do governo de que fará parte está indissociávelmente ligado aos resultados que a sociedade espera. Boa sorte ao Ministro! Que ele não precise de defensores, se frustrada a tarefa de carregar carga tão pesada!
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um ministro da defesa que declara que Bolsonaro é um democrata não é uma solução para nada.