Imagino poucos, se não raros, os amazonenses que sabem das ameaças que rondam o Lago de Balbina. Os que habitam às suas proximidades, portanto. O que sei vem através de um sítio (correiodaamazonia.com) e circula na internet, esse ninho onde convivem pombas da paz e víboras da mais alta peçonha, com sua cruel periculosidade. Segundo a notícia, mais 26cm de água no lago poderão desencadear vazamento de previsíveis más consequências para a região, situada no lago formado próximo do rio Uatumã. O Município de Presidente Figueiredo, território onde se situa a Hidrelétrica de Balbina, teria solicitado à Justiça a suspensão de vazão programada das águas, cuja cota máxima é de 51m. A informação acrescenta que a decisão judicial provocada pela Prefeitura de Presidente Figueiredo contraria decisão técnica recomendando o esvaziamento parcial da barragem, a fim de evitar um desastre. Alegam as autoridades municipais carecer de estudo satisfatório a abertura das comportas, fazendo escoar parte da água depositada. Faltariam indicações relativas aos riscos que a abertura das comportas determinaria, sendo previsíveis graves danos ambientais e pessoais na região em que está instalada a Unidade Hidrelétrica de Balbina (UHE). Reuniões entre as partes interessadas têm sido feitas, mas não se diz o que delas tem resultado. Pelo menos na fonte a que me refiro acima nada há a acrescentar aqui. Importa pouco, porém, conhecer em detalhes o que está ocorrendo, ainda mais se a situação pode levar a Prefeitura a decretar Estado de Emergência, e se sabe quanto isso tem alavancado interesses nem sempre benéficos à coletividade. Assim, resta lembrar que há assuntos e problemas para os quais, a despeito da suposta boa vontade em resolvê-los e da boa fé presumível, a opinião dos técnicos há de ser levada em conta. Não dispuséssemos de especialistas no campo a que está afeita a questão, talvez fosse o caso de nos socorrermos de profissionais de fora do Amazonas. Não é este o caso, porém. Na Universidade Federal do Amazonas, pelo menos, há competência técnica e convoca-la é o mínimo que se poderia recomendar aos que têm responsabilidades impostas pelos cargos públicos exercidos.
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