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Nem bancada é necessária

A repercussão do tiro que feriu a orelha de Donald Trump vem carregada de dúvidas e suspeitas. A leitura dos mais influentes meios de comunicação dos Estados Unidos da América do Norte gera, no mínimo, perplexidade. Neste caso, diante do que parece omissão ou descuido do Serviço Secreto. Há quase unanimidade a respeito desse pormenor. Que, na verdade, por enquanto ocupa a maior parte dos comentários e reações. O atirador, filiado (ou apenas simpatizante) ao Partido Republicano, disparou oito tiros de um local demasiado próximo ao palanque em que estava o ex-Presidente. Além do que, ao próprio serviço teriam sido levadas, dias antes do comício, informações a respeito dos riscos a que seria exposto o candidato republicano à Presidência. Nada disso parece ter sido levado em conta, segundo a maioria dos comentários. Seria leviano dizer que os media veem alguma participação de correligionários do candidato no atentado. Por mais que um tiro na orelha e um pouco de sangue mostrado nas imagens pudessem ajudar a vítima, não seria mais que um despropósito crer logo nessa hipótese. Nem mesmo a probabilidade de o Serviço Secreto ainda ter alguns agentes ou servidores influentes fiéis ao ex-Presidente. Algo como se viu na ABIN, em relação ao frustrado golpe de 8 de janeiro de 2023. Ninguém asseguraria a esta altura, a total distância do governo Biden, sendo o serviço que se alega desidioso parte do estado que ele dirige. De qualquer maneira, qualquer suspeita ou desmentido, antes que as investigações se concluam, será precipitado, se não malicioso. Ninguém ignora quanto apraz a boa parte da sociedade norte-americana a resolução de divergências com o uso de armas. Nem o atentado contra Trump é o primeiro. Que se saiba, os irmãos Kennedy, Martin Luther King e Abraham Lincoln, os mais memoráveis, sucumbiram diante de uma arma de fogo. A inexistência explícita de uma bancada da bala é irrelevante, naquele país. Não se pode desdenhar, ainda, da vocação bélica das elites norte-americanas. É compulsar os livros de História e olhar no mapa-mundi. Quanto basta para levar a essa constatação.

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