A recente admissão de candidatar-se à reeleição, em 2026, levou vários analistas e comentaristas políticos à tentativa de interpretar a declaração correspondente de Lula. Até quarta-feira, era unânime a opinião de que o Tripresidente teria aprendido muito nos últimos anos. Ajudaram a construir essa expectativa sua postura e conduta de estadista, reconhecida sobretudo pelas maiores lideranças democráticas do Mundo. Depois, o discurso de pacificação e reconstrução reacendeu a chama da Esperança, após período de escassez encerrado em 31 de dezembro de 2022. O contraste estabelecido pelo anúncio de anteontem justifica, além do esforço de interpretação, especulações de toda ordem. Há, por exemplo, a hipótese de o Presidente evitar a preeminência de alguns de seus ministros, igualmente interessados na disputa. Os nomes citados vão desde Fernando Haddad até Simone Tebet. Sem que Geraldo Alckmin, Camilo Santana, Flávio Dino e Rui Costa sejam antecipadamente excluídos. Lula teria sentido quão negativo seria para seu governo permitir a competição dentro dos gabinetes ministeriais. O País só teria a perder. Outros chamam atenção para o que consideram precipitação do Presidente, cuja gestão terá sido efetivamente iniciada dia 1 de fevereiro, logo após escolhidas as novas mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados. Qualquer seja a razão ou o pretexto, a reconhecida habilidade e a sensibilidade política também reconhecida em Lula estão postas à prova. Se tudo corresse às mil maravilhas, as tentativas de impedir a posse do Presidente eleito pela terceira vez e, depois, de levar o País a uma guerra civil antes de completado meio mês de seu terceiro mandato, fazem prever dias difíceis. As vivandeiras tão indicadas pelo general Humberto de Alencar Castelo Branco, fazem caminho inverso ao de que o primeiro ditador pós-1964 dá testemunho. Os bivaques hoje parecem ser um puxadinho dos quartéis e os granadeiros é que tomam a iniciativa. Não faltam - claro! - os civis conluiados, cujos interesses não parecem substanciallmente diferente dos de seus antecessores.
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