Há quem veja na troca de indelicadezas (chamemos assim, à falta de melhor palavra) entre o Presidente da República e o economista Roberto Campos Neto, mero jogo de cena. A hipótese tem sido levantada inclusive por analistas experimentados nos jogos e rituais do poder. As hostes aparentemente adversárias acorrem de um lado e do outro, engordando o elenco de críticas e aplausos aos dois protagonistas. No meio, registra-se a atuação do próprio Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De que a submissão de um Presidente eleito por milhões de habitantes (60, neste caso) a um técnico escolhido a dedo pelo Senado para dirigir um estabelecimento bancário constitui verdadeira teratologia - jurídica, política, econômica etc. - ninguém de boa fé discorda. Por razão muito simples, que outro texto publicado neste blog acentuou: a soberania é da nação e do Estado em que ela se constitui, não de um de seus órgãos subordinados. O contrário deveria ser promover a revisão da Constituição, e dar status de poder ao Banco Central.
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