Tantas as sandices patrocinadas pelos ocupantes dos confortáveis gabinetes mantidos pelo suor dos que trabalham, que chego a suspeitar de que menos doentes são os que chamamos loucos. Fora dessa hipótese, só um qualificativo pode ser aplicado aos que, mantidos soltos, rejubilam-se com a morte de mais de 612 mil pessoas. Seres humanos, como seus algozes não o são. Enquanto à sociedade são impostos sacrifícios mais que os resultantes da pandemia, há os que festejam os números registrados em suas contas bancárias, individuais ou coletivas. Resultado, também, da miserável distorção do significado do termo Economia. Esta, como disciplina voltada à compreensão das relações humanas em importantes atividades dos seres ditos inteligentes, transformada em objeto das operações fundamentais da Matemática. Com ênfase e exclusividade das contas marcadas com os sinais de adição e multiplicação. Não importa a esses agressores do que só por equívoco ou má fé se chamaria Economia, quantos morrerão de fome ou verão perdidas as esperanças de que o desemprego e a depressão dele resultante dão cabal testemunho. Por isso, preparam-se os ganhadores de sempre para acumular ainda mais, nas festas de fim de ano e no carnaval que as sucederá. Os presentes costumeiros incluirão a ausência dos que partirem, ornados e perfumados com os lírios que acompanham os mortos. Mais tarde, ruas e salões se encherão de palhaços, colombinas e pierrôs inadvertidos de que tudo acabará em cinzas.
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