Faz muito bem o governo brasileiro, como reação ao encontro do Embaixador de Israel com o ex-Presidente que os eleitores expulsaram do poder e a Justiça Eleitoral considerou inelegível. Não, como se sabe, por motivos lisonjeiros. Mais, o triPresidente Lula deixou clara a prioridade de sua conduta: a repatriação dos brasileiros que ainda estão na zona ameaçada por Benjamin Netanyahu. Caberia a este, não fossem seus vínculos ideológicos com o ex-presidente brasileiro, desautorizar a visita do atual representante de seu país, destituído de qualquer qualificação que justifique o encontro entre os dois. Se, até 31 de dezembro de 2022, a improbabilidade de qualquer conversa ou entendimento produtivo pela absoluta desqualificação de uma das partes, atualmente a conduta do embaixador israelense torna menos provável mesmo o menor resultado positivo de tão insólita visita. O governo tem razão ao considerar provocação a visita do diplomata. Com uma agravante - se não há outras - , para o profissional e para o governo que ele representa. A de que falece ao ex-presidente a mínima condição de tratar de assunto tão complexo, qual seja a geopolítica no Oriente Médio. Diplomatas não costumam cometer imprudências.
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