Sabemos todos quanto a força do ódio produz sobre as nações. Não faltam exemplos, remotos ou recentes, em todos os continentes, das graves consequências desse sentimento. Agindo com mais força em indivíduos por algum motivo frustrados em seu projeto de vida, o ódio os torna fanatizados e com frequência os leva à conduta violenta e ao crime. Claro que não se trata de algo gerado espontaneamente, como se fora fenômeno natural. Esse mesmo sentimento, no entanto, parece vigoroso a ponto de espalhar-se velozmente, sustentado por preconceitos de toda espécie. Daí à tentativa de naturalizar o mal é apenas meio passo. Os dias que estamos vivendo, em especial depois que a maioria dos brasileiros explicitou seu desejo de paz e recusa ao projeto necrófilo resultante da eleição de 2018, não deixam dúvida: terroristas germinados em caldo de cultura próprio à barbárie permanecem ativos, como reprodução do Estado Islâmico, Al Kaeda, Talebã e similares em operação pelo Mundo. Não é de outra coisa que se trata, se bem observarmos a mobilização dos caminhoneiros (quantos e quais serão os outros, amanhã?), em quase todas as unidades da Federação. Neste momento, mais urgente e vigorosa se impõe e torna exigida a manifestação cabal de todas as instâncias do Estado Democrático de Direito. Nele, impossível admitir a passividade exalando odor de exagerada leniência e disfarçada cumplicidade, encontram-se os recursos e remédios, preventivos até, capazes de evitar o derramamento de sangue ao gosto dos necrófilos. Se seus caprichos, males do corpo e da alma precisam de novas mortes, que se contentem com as quase 700.000 que ajudaram a covid-19 a produzir. Se há os que sonham com a guerra fratricida, outros o há que crêem possível construir uma sociedade justa e fraterna. É ao lado destes que se coloca a maioria dos brasileiros, a despeito da violência e do vasto elenco de crimes posto a serviço do ódio.
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