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Impeachment ou sangramento

Foto do escritor: Professor SeráficoProfessor Seráfico

Houve tempo em que os políticos discutiam as vantagens de chegar ao impeachment do Presidente. Motivos, jurídicos e políticos, não faltavam. O diabo, para muitos, era a Matemática. Chegar ao número de votos necessários era improvável. Para alguns, impossívels, dadas as mãos que guardam as chaves do caixa. Outros, mesmo desejando o fim do (des)governo, preferiram o que se tem chamado sangramento. Qual carne em processo de putrefação, o Presidente e seus servos deveriam ser submetidos à sangria pura e simples. Chegaria um momento em que ele poderia seguir o exemplo de Getúlio, o mandato não concluído, ou a rejeição das urnas de outubro de 2022. Viu-se na primeira hipótese uma concessão assaz generosa, no que se relaciona ao grau de dignidade de muitos suicidas. A alternativa, porém, parece dar razão aos sangradores. Com a ajuda do próprio sangrado. Sempre que se mostra como realmente é, o Presidente funciona como excelente amolador de facas. O sangramento, assim, só faz prosperar. O que ele faz, mas não na proporção desejada, é feito, de modo simbólico, pelos inimigos que ele cria e ceva.

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