Circula nas redes matéria informativa que ajuda a entender as razões de Benjamin Netanyahu se empenhar tanto no extermínio dos palestinos. Em suma, explica ainda que parcialmente, a desproporcional resposta aos ataques terroristas do Hamas. Como sempre, ao fim e ao cabo, o que explica a hostilidade do governo israelense tem muito a ver com a hegemonia ameaçada dos Estados Unidos da América do Norte. À Casa Branca, o que menos importa é a multipolarização do poder. Para evitar processo que se identifica nas relações internacionais, a emergência da China incomoda Biden mais que a postura de Putin. A dissolução da União Soviética que Fukuyama viu como o fim da História foi tudo, menos isso. De outro lado, a consolidação de um Estado capitalista na terra de Mao-tse-tung colocou aquela potência oriental em um patamar onde os donos do poder pensavam que não chegaria tão cedo. A História não acabou e os investidores chineses acabaram tendo a economia dos Estados Unidos da América do Norte em suas mãos. Ucrânia e Israel, portanto, constituem, cada qual em seu espaço - a Europa Oriental e o Oriente Médio -, o muro invisível que esconde as ações norte-americanas mundo afora. Mas o gato tem seu rabo exposto. Qualquer movimento menos discreto denuncia a presença do felino. Análises menos comprometidas com os interesses norte-americanos e de seus acólitos informam que a Nova Rota da Seda e o abastecimento de gás à Europa mobilizam o governo dos Estados Unidos da América do Norte e seu desejo de fortalecer a OTAN. Não bastou o cerco à Rússia, ela também em processo de perda do poder político. Não é muito diferente o processo de decadência por que passam ambos os poderosos - Estados Unidos da América do Norte e Rússia, pelo menos no que se refere ao prestígio político na esfera internacional. Se os pretensos donos do Mundo, lá e cá, ainda mantêm alguns países-satélites, tê-los como aliados cada dia custa mais caro. Mesmo as fake-news que inventam heróis, méritos e virtudes e as atribuem a quem lhes aprouver, não têm conseguido estancar iniciativas como o BRICS, de resto integrada por China e Índia, o que não parece pouco. Os gatos já não pulam como antes. Por isso, tratam de esconder-se, com a desventura de terem o rabo exposto.
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Além do fato de existirem reservas razoáveis de gás natural na costa da Palestina.