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Freio de arrumação

Seria mera estupidez admitir fácil a tarefa de que se incumbe o recém-instalado governo do Tripresidente Lula. Não porque lhe faltem habilidade e competência, ambas suficientemente conhecidas. Aqui e no exterior. Nem pela impossibilidade de imaginar do que é capaz a grei fanatizada que lhe faz oposição. Também disso temos trágica e recente experiência. As dificuldades maiores têm outra origem. A principal delas a amplitude da aliança que devolveu a Lula a Presidência da República. Frente mais que ampla, amplíssima, não havia de excluir de sua composição forças e correntes tidas como inconciliáveis, a não ser em nome da democracia posta em risco. Não é menor, porém, a probabilidade de o governo atual sofrer a ação do fogo amigo. Esse talvez seja o caso da desastrada declaração do recém-empossado Ministro da Previdência, Carlos Luppi. Os otimistas acham que o anúncio de que será revogada a antirreforma previdenciária, assim, terá sido o mal que vem para o bem. Sem a imprudência inoportuna do Presidente do PDT, talvez Lula não sentisse a necessidade de dar um freio de arrumação. É o que se espera dele na reunião de amanhã com todo o Ministério.

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