Fake-news ou verdade

Circula nas redes (anti) sociais informação intrigante (ou apenas simples intriga) sobre os comes-e-bebes que festejarão o casamento do cidadão Luís Inácio Lula da Silva. Exercício característico dos que se entregam ao mexerico, nem por isso é justo admitir o silêncio do noivo, dada sua condição de favorito no pleito presidencial de outubro. Se ao ex-líder metalúrgico seria lícito ignorar a notícia, ao candidato Lula a indiferença será o pior caminho. Sua acentuada percepção do fenômeno politico, à que se somam a enorme capacidade de análise do cenário e articulação com amplos setores da sociedade exigem mais. Menos pelos votos que lhe seriam negados, que pela corrosão da imagem cuja desconstrução a parcialidade de Sérgio.Moro comprometeu. Alguns atribuirão o tom deste comentário a certo prurido moral, escudo ao gosto da ckasse média, esquecidos ou desatentos ao fato de que não estaria em jogo a conduta do filho de dona Lindu, mas a condição inconteste de um estadista reconhecido pela maioria das lideranças que se dizem democráticas, Mundo afora. Há, além disso, a circunstância de que Lula disputa o voto popular. Mais, ainda, a vitória no primeiro turno pode mostrar-se a única resposta eficaz contra o golpe que a maioria dos analistas percebe em franca fabricação. Moral descasada da Política é ineficaz do ponto de vista social. Política sem preocupação com a Moral, igualmente.