Elenco
- Professor Seráfico
- 5 de jul. de 2022
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Interessados em cinema, como produtores e diretores mais que espectadores, não terão muita dificuldade, se quiserem lançar filme de violência, mesmo se um bang-bang nos moldes tradicionais. Pelo menos encontrarão fartura, na hora de recrutar atores para os papéis de bandido, obrigatórios nessa espécie de arte. Para os filmes tipo faroeste (americanos ou italianos), basta ir às comunidades indígenas e quilombolas, onde encontrarão os assassinos de grupos empenhados na luta pela sobrevivência. Ou, nos escritórios e gabinetes elegantes, de onde parte a sentença de morte das lideranças daquelas populações. Ali há farta fonte desse tipo de mão de obra. Se o filme tiver a pretensão de disseminar o ódio à Vida e o culto à morte, aí estará enorme congregação de pastores, conduzindo seus respectivos rebanhos pela senda do crime. E os fiéis, embevecidos, entregues às novas formas coletivas de suicídio, como a pandemia revelou sobejamente. De assaltantes e golpistas (e não só do ponto de vista político) os produtores não carecerão. Eles podem ser encontrados nas próprias casas legislativas, um que outro arrancado de alguma instância judicial mais baixa. Com a vantagem da probabilidade de suprir o elenco de gente mais bem-posta, quem sabe até na mais alta corte. A bandidagem corre solta, devidamente acobertada, inclusive com decretos que asseguram sigilo, essa forma de confissão que nem todos já entenderam em todo o seu significado.
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