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Diga não pra dizer sim*

Atualizado: 21 de mai. de 2021

Os que vivem do próprio trabalho sempre estiveram sob o fogo cruzado da exploração e da dominação dos que deles fazem a origem da multiplicação da própria riqueza.

A exploração e a dominação têm ampliado seu alcance e seus efeitos nos últimos 12 anos, e se intensificaram ainda mais de 2014 em diante.

Medidas de controle social, de repressão à organização dos trabalhadores, de liquidação de direitos sociais, de eliminação da legislação ambiental e de privatização generalizada, têm se combinado de modo direto e perverso a uma política de extermínio posta em marcha por parte das forças policiais, por milícias e por agentes públicos dos mais diversos setores. Há uma evidente articulação de setores da sociedade que se cristaliza no Estado como necropolítica, política com o objetivo de exterminar.

Mas exterminar quem e por que?

Exterminar todo aquele e aquela que se oponha à manutenção das condições de exploração e dominação vigentes no país.

A necropolítica é sintoma do aprofundamento da política de superexploração e de ultra-dominação impostas aos trabalhadores.

As chacinas aqui denunciadas e a política de adoecimento praticada pelo Ministério da Saúde ao longo da pandêmica deixam essa realidade evidente.

Mas é preciso ter clareza de que chegamos aonde chegamos por conta do aprofundamento das políticas neoliberais. Pelo aprofundamento de seu ultra-individualismo. Pelo aprofundamento do terrorismo financeiro. E por seus resultados devastadores para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras.

Um não ao neo-fascismo bolsonarista só tem sentido se for um não, também, ao neoliberalismo que, sim, alimenta as visões elitistas, arrogantes e brutais de Paulo Guedes. Uma visão, não nos esqueçamos, que nutriu, também, outras cabeças que passaram por outros governos.

Esse “não”, portanto, precisa ser substituído por um “sim”. Um sim para políticas de distribuição da riqueza. Um sim para a retomada de direitos sociais e civis. Um sim para o combate aos privilégios do setor financeiro e dos muito ricos. Um sim, portanto, para todas as medidas necessárias para liquidar com o poder daquelas camadas da sociedade que fazem da exploração, da dominação e do extermínio dos trabalhadores o fundamento de sua própria existência.

Fora Bolsonaro! Fora Guedes! Fora capitalismo

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*Marcelo Seráfico, Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas.

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