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Deu no NYT - e agora?

Deu no New York Times, logo, é verdade. Pelo menos, é assim que entende boa parte da direita que não pensa, acolitada por porta-vozes do mercado. Apoiadores, também, das teses que tanto têm prejudicado a democracia brasileira. O periódico norte-americano destaca a resistência do governo brasileiro, quase ratificando o papel de estadista que Lula vem desempenhando. Inclusive, faz menção ao BRICS, em fase de gestão que cumpre ao Presidente brasileiro conduzir. Insatisfeitos, porém, esses não-pensantes e paus-mandados simulam indignação com a tentativa do ocupante da Casa Branca e seus sequazes de ferir a soberania do Brasil, mas atribuem a crise desencadeada pelo tarifaço a Lula. Passam a pedir do chefe do Poder Executivo brasileiro aquele tipo de cautela que se sabe inspirado no medo e na covardia, para dizer o menos. Fingem ignorar a exclusão de mais de 700 itens da lista de produtos que os exportadores brasileiros fornecem ao império que só Trump e seus asseclas não veem em evidente processo de declínio. Um recuo que os traidores não enxergam. Fazem pouco caso da resistência e do comedimento de Lula, que entregou ao vice-Presidente Geraldo Alckmin as negociações. Fosse o Presidente brasileiro um provocador irresponsável ou um governante subserviente, assumiria ele mesmo essas negociações. Trocaria insultos, repetindo a linguagem imbecil e agressiva do opositor; ou repetiria o papel humilhante a que se submeteu Wolodmir Zelensky. Nem uma coisa, nem outra. Ao contrário, Lula mostrou percepção muito mais adequada do problema criado por Trump e os zero-à-esquerda que cercam o Presidente norte-americano, cada dia mais parecido com os ditadores das nações que seus compatrícios consideram repúblicas de banana. Felizmente, os números revelados pelas pesquisas indicam quão reduzidos são os apoiadores de Trump, nenhum deles a salvo de serem considerados traidores da pátria. E por isso pagarem depois de devida e legalmente investigados, denunciados e condenados pelo Poder Judiciário. Do Brasil, não dos Estados Unidos da América do Norte. Tivesse a suprema corte desse país seguido os mesmos princípios que norteiam a ação do Supremo Tribunal Federal do Brasil, sequer Donald Trump estaria em liberdade. A diferença entre a intentona operada por seus cúmplices e executores, no Capitólio, e os atos terroristas realizados de novembro de 2022 a janeiro de 2023, em Brasília, é só uma – e diz respeito às mortes decorrentes. Na sede do parlamento norte-americano, houve mortos; em Brasília, o punhal supostamente verde-amarelo transformou-se em branco-azul e vermelho. E viu frustrada a tentativa de matar o Presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Trump impôs o tarifaço, alegando ofensas à democracia, enquanto se associa ao genocídio dos palestinos, visita países governados por contumazes desafetos do respeito aos divergentes, além de mandar forças de repressão federais como resposta às manifestações ocorridas em cidades de seu país. Isso tudo não conta, quando algum dos apoiadores das teses da direita se manifesta. Ou vão dizer que o NYT é comunista?

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