Começa a ser explicada a exigência feita pelo senador eleito Flávio Dino, para assumir o Ministério da Justiça do governo Tripresidencial de Lula. A exclusão da segurança pública daquela Pasta não agrada ao ex-governador do Maranhão, e agora a posição de Dino vai-se tornando mais clara. Coordenador do grupo da segurança pública na Comissão de Transição, o ex-juiz federal considera os males que o armamento desenfreado da população registra. Do ponto de vista privado não têm sido poucas as vítimas de projéteis disparados pelas incensadas armas cuja aquisição e cujo porte foram facilitados no (des)governo moribundo. Há desde o registro de acidentes, alguns envolvendo crianças, até o uso da arma para resolver conflitos ou meras divergências de rua. O arranhão na carroceria de um carro levando à cova o condutor de veículo. Também ocorre o fortalecimento de organizações criminosas, clientes preferenciais de membros de supostos clubes de caça. Dolosa ou culposamente, armas adquiridas sob o pretexto de uso esportivo caem em mãos das milícias e traficantes, aumentando a violência nas cidades e gerando uma espécie de estado paralelo. Ao que se vê, Dino pretende promover o desmonte desses grupos e, com isso, devolver dignidade à vida da população. Os maiores beneficiários desse desmonte seriam os moradores da periferia e os pobres, alvos preferenciais dos democratas que odeiam e ofendem a democracia. Os maiores prejudicados, certamente, os que apostam todas as suas fichas na resolução dos conflitos pela força, não pelos argumentos e persuasão. Algo que, fosse levada a sério a educação, não nos teria feito experimentar a realidade violenta que enluta lares e dissemina o ódio como base da relação entre seres que se dizem humanos. A reconstrução do Estado brasileiro é tão urgente quanto o desmonte de organizações que, diferentes das ongs criticadas por defenderem os direitos humanos, as florestas e as águas, dedicam-se à invasão de terras e rodovias, predação ambiental e eliminação dos diferentes. É inevitável reconhecer a existência de um Estado paralelo, talvez dotado de maior poder de fogo do que as forças oficiais, em todos os níveis da Federação.
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