
De olho no passado
O ex-ministro da Justiça, também ex-postulante da Presidência da República e de carteira em empresa de alguma forma relacionada à chamada Operação Lava-Jato, de que era coordenador do conluio, investigador e juiz, volta às páginas. Aproveita, enquanto há quem veja vantagens em acender velas para mau defunto. Agora, revela o desejo de ver repetidas as ações que a parcialidade -desonestidade, a rigor reconhecida pelo STF e a ONU - dele mesmo frustrou. Personagem tão cavernosa quanto os que ajudou a instalar no poder, Sérgio Moro terá prestado um e único favor aos brasileiros. Mostrou o risco que exemplares de sua espécie trazem consigo, quando apetites vorazes e maus propósitos pavimentam as estradas de sua vida. Em dívida ainda, o ex-tudo da Lava-Jato foi reconhecido, nacional e internacionalmente, como alguém igual ou muito pior que os por ele e sua grei investigados, denunciados, julgados. Deveria preocupar-se em desfazer, mais por fatos e condutas benéficas â sociedade, que por palavras, o juízo que a maioria dos brasileiros faz dele. Pode-se suspeitar da impossibilidade disso, tão apegado à caverna ele se mantém e revela.