Nós últimos dias, não são raras análises políticas preocupadas com a eventual repetição do episódio do RioCentro. Aos poucos que ainda nada sabem daquele ato terrorista, não custa informar. Dois militares da ativa - um capitão e um sargento - foram vítimas da explosão de uma bomba que levavam para explodir naquele espaço público, durante a realização de um espetáculo onde havia dezenas de milhares de participantes. Festejava-se o Dia do Trabalho. Além do sargento morto, o oficial ficou mutilado. A apuração do fato, conduzida por um general, não foi menos que a manifestação de corporativismo e o acobertamento do crime. O assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, em Foz do Iguaçu, por mais rotineiro que se revele, num certo sentido antecipa o que as advertências imaginavam ocorrerem pouco mais à frente. Não há coincidência entre a conclusão do inquérito feito a jato e os pronunciamentos do Presidente da República e alguns de seus mais influentes subordinados. Apenas alinhamento. Afinal, uns mandam, outros obedecem.
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