A reabertura das investigações sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e seu assessor Anderson Gomes permite imaginar loucuras. Não aquelas sugeridas por Rita Lee. Se a rainha do rock brasileiro tratava de relações privadas, o Ministério da Justiça desnuda fatos do interesse público. Deixa de ser mera suspeita ou produto de má fé ou preconceito tudo quanto se tem dito da intimidade existente entre setores da polícia - fardada ou não - e as milícias. Não se excluam dessas abjetas e delituosas relações alguns membros do Ministério Público e outros bem postados na estrutura do poder, nacional, estadual e municipal. Mais do que eventuais, têm sido muitos os momentos em que seus interesses convergem. Parece este o caso que a determinação e a firmeza do Ministro Flávio Dino resgata das sombras. A delação premiada de um dos comparsas na trama que matou Marielle e Anderson inaugura um período que será tão farto de luz quanto esse que um ex-magistrado digno oferece à nação.
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