Na Síria um ditador se perpetua no poder,
Que herdou do seu pai, ditador.
Estado policial, repressão, violência.
O povo, na ânsia de libertação,
partiu para a resistência armada.
O governo despótico reprimiu.
Instaurou-se a guerra civil, que mata milhares de sírios,
destrói cidades, a natureza, e as criações puras dos artistas.
Seis anos de guerra.
Milhões de crianças têm uma única experiência em suas vidas:
mortes, ferimentos, sangue, fome, frio, perdas de seus pais,
orfandade, bombardeios... a guerra.
Elas já nem choram... não sabem porque chorar!
Para elas, o mal se naturalizou.
Estão perdidas na dor e no abandono,
sem lar, sem escola, sem irmãos, sem amigos.
Mas, como isto, se a Paz é tão bela?!
Na PAZ:
As crianças saudáveis nas escolas, brincando, crescendo,
saudáveis, protegidas e amadas.
Seus pais trabalhando e projetando o presente e o futuro. Amando.
Os poetas criando poemas de amor e de vida.
Os pintores recriando o homem e a natureza,
o belo nascendo e renascendo.
A nação, na fraternidade dos seus filhos,
preservando o destino histórico do povo.
Os sírios veem sua história milenar
- cantada em versos e em prosa pelos artistas –
ser interrompida na tragédia, na catástrofe
da reciprocidade das mortes entre irmãos.
Se a paz é tão bela,
cada um e todos
construindo e desfrutando a felicidade,
na plenitude do viver,
por quê a guerra?!
Orlando Sampaio Silva
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