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Caridade, mas vá lá...

Um empresário brasileiro (patrimônio confessado de R$ 1 bilhão), pobre em relação a alguns outros, prometeu a Lula destinar metade de sua fortuna à educação de crianças pobres. A princípio, vi na promessa, ainda mais feita em ato público, manifestação de mera caridade. Refletindo melhor, admiti que pode estar na intenção desse pai de duas filhas (ele mesmo o disse) dar um exemplo aos outros poucos endinheirados do País. Sobretudo, pela justificativa apresentada: quando mais se aproxima da morte, mais é preciso convencer-se de que daqui nada de material se leva. A não ser a vida que se exauriu. O que se fez dela é que confere imortalidade ao que se foi. À riqueza que faz isso se chama memória. O resto é esquecimento. Melhor seria que a ojeriza por pagar impostos não marcasse tanto as elites brasileiras. E que o estado cumprisse os papéis que lhe cabem. Quando a caridade for generalizada, então será realmente uma virtude.

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