É de um poeta amazonense um dos versos mais lúcidos que conheço: faz escuro mas eu canto, disse Thiago de Mello. Sei que nem tantos o ouviram; sei de outros que, ouvindo-o, fizeram-se surdos. Esses, porém, jamais conhecerão ou desfrutarão do Mundo. Porque dele nada saberão. Condenados por ignorância preferencial, permanecerão nas trevas de onde jamais saíram. Por isso não sairão de seus esconderijos, onde a luz não penetra e o saber, portanto, é hostilizado. Não entendem quanto sabe a Ciência e quantos os sabores que ela proporciona - não só aos que dela precisam (todos nós!). Essa luz tão necessária começa a preparar um de seus fachos mais reluzentes, quando os pesquisadores ligados ao Programa ABRAS/UFF preparam-se para realizar seu encontro anual, desta vez virtual, como foi o de 2020. Ano passado, o intérprete do Brasil escolhido foi o poeta e diplomata João Cabral de Mello Neto. A poesia deste ano virá contida nas lições de um poeta da Educação, no ano de seu centenário. Refiro-me a PAULO FREIRE, cuja contribuição para o abandono da caverna é festejada em todos os continentes. Daí várias nações, espalhadas pelo Mundo, adotarem seu método de alfabetização, essa ferramenta rompe-cavernas festejada pelos que sabem e, ela mesma, acendedora de luzes e poesia, quando faz escuro. O Professor PAULO EMÍLIO MATOS MARTINS, da UFF, já deu início aos contatos e trata de organizar o caudaloso encontro de muitas benfazejas águas. Não fosse ele um amazônida...
top of page
Posts recentes
Ver tudobottom of page
Comments