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BOLSONARO E SUA HORDA BEBEM O SANGUE DEIXADO NA VEIA DA HISTÓRIA PELAS ELITES BRASILEIRAS

Não existe bolsonarismo. Não existe um conjunto de ideias erigidas a partir do pensamento ou da prática de Jair Bolsonaro. Pelo contrário, Bolsonaro é produto de uma história de dominação criada desde o império.

As práticas de dominação chegam ao Brasil sustentadas pela monarquia europeia, que garimpavam riquezas para se manterem no poder, diante dos sinais de emergência da burguesia em crescimento desde o século XI.

A monarquia europeia era escravocrata e saqueadora. Se sustentava ideologicamente na doutrina cristã da igreja católica, se atribuindo direito divino de poder. Toda idade média foi sustentada pela espada e pela cruz.

Essa elite chegou ao Brasil matando centenas de milhares de indígenas, trazendo nos porões de suas embarcações africanos escravizados. Foi esse espírito de crueldade que povoou o novo mundo.

Uma vez aqui instalada, continuou matando e escravizando os povos originários e aumentando o tráfico de escravos da África. Passou o império e as práticas de dominação pela força das armas e da religião formaram a república. Oligarquias agrárias tomaram conta do território nacional, sempre matando e escravizando. Só de escravidão foram 388 anos e milhões de indígenas e negros mortos.

Nosso país foi erguido sobre os ossos dos povos indígenas e negros, um genocídio orquestrado pelas elites monárquicas e agrárias.

As elites de hoje são herdeiras dessa história de extermínio e dela se orgulham.

O racismo e o preconceito têm criado monstros e deixado um rastro de sangue. A maldade contra os povos oprimidos é uma herança cultivada pelas novas elites econômicas e financeiras.

Não existe bolsonarismo, pois Bolsonaro é um idiota do mal produzido por uma elite que se alimenta do sangue dos negros, homossexuais, mulheres, crianças, idosos, pobres favelados.

Os milhões que seguem os horrores praticados na história pelas elites no Brasil são produtos ideológicos do pensamento e das práticas de dominação fundadas na violência e na fé religiosa.

Não é por acaso que os adoradores da maldade hoje estão dentro dos templos evangélicos, doutrina criada e desenvolvida para dar sustentação à dominação do capital. As formas são as mesmas desde o início da nossa colonização. Só mudaram os conteúdos e os sujeitos.

Derrotar Bolsonaro e sua turba de seguidores é combater toda história de atrocidade dos nossos opressores. É dizer não ao genocídio de ontem e de hoje.


Lúcio Carril

Sociólogo

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