O pior juízo político advém quase sempre da superficialidade com que o fato é encarado. Descuidam-se assim os pretensos observadores do que está por trás dos fatos e dos atos. Contentam-se em apreciar aspectos ostensivos, esquecendo ou negligenciando o que se passa nos bastidores. Faz poucos dias, mesmo supostos expertos na análise política seriam capazes de apostar no afastamento de mais um dos militares que cercam o Presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, o general Ramos cairia fora, ressabiado com a conduta dos zeros à direita instalados no chamado gabinete do ódio. As ofensas pessoais do sinistro Ricardo Salles a muitos pareceu o sopro que faltava para remover o galho estranho na estranha árvore do poder. Nada disso aconteceu, sem que os analistas se dessem conta de que disse-me-disse é rotina no ambiente político, aqui e por todos os lugares em que o poder está em jogo. Mais que chamar de maria fofoca ao colega de Ministério, pesa nas relações da gente que frequenta o poder o interesse comum. Ainda mais quando tais interesses contam com o apoio popular. Que se dane o País! Que se derrubem todos os valores que os poderosos dizem inspirá-los! Importa, mesmo, fazer o que parece necessário à implantação e consolidação dos apetites pessoais em cada espaço político. O compartilhamento de propósitos e apetites fala mais alto.
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