Agenda cheia
- Professor Seráfico
- 26 de out. de 2022
- 1 min de leitura
O Ministério da Justiça acaba de ver ampliadas as funções que lhe cabem, como parte integrante do aparelho estatal. Ou seja, como função permanente do Estado, e segundo os limites e espaços que lhe reserva a Constituição Federal. Com isso, e com a reserva desse novo exercício funcional ao próprio titular da Pasta, talvez a este faltará tempo para tratar dos assuntos que interessem à sociedade, não a um ou outro dos societários. Refiro-me à designação do quase oculto auxiliar do Presidente da República para assistir o presidiário Roberto Jefferson, de início resistente a uma determinação do Poder Judiciário. Para a casa em que o apenado gozava as delícias da suposta perda de liberdade, Anderson Menezes foi designado, com a missão de intermediar as negociações dos agentes da Polícia Federal com o ex-deputado amigo do Presidente. Devido à reação da sociedade, o Presidente sentiu o golpe(ops!) e atribuiu ao seu amigo, em ostensivo exemplo do mais vil oportunismo, o título de bandido. Neste caso, não o bandido bom, que ele deseja sempre ver morto. Mas um bandido como tantos outros, sem um gabinete ou uma casa em Atibaia para se esconder. Ninguém se admire se outros bandidos, dentre os que cercam o Presidente ou não, exigir a mesma deferência dispensada a Roberto Jefferson. Aí, o dia do Ministro da Justiça (trágica ironia!) precisará ter 48 horas.
コメント