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ADUA CONTRA A VIOLÊNCIA OFICIAL

NOTA PÚBLICA EEM DEFESA DA VIDA E CONTRA A POLÍTICA DA MORTE


A Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) – Seção Sindical do ANDES-SN vem a público manifestar sua solidariedade humana às famílias das pessoas chacinadas (número que já passa de 120, segundo cálculo oficial e sem contar as pessoas feridas) pela criminosa megaoperação policial do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A Diretoria da ADUA vem também manifestar seu compromisso ético e político em defesa da justiça, do sagrado direito à vida e, sobretudo, manifestar seu mais veemente repúdio à política assassina do governo do estado, que planejou e executou, a pretexto de combater o crime, a mais brutal e hedionda chacina nas favelas da cidade do Rio de Janeiro no dia 28 de outubro de 2025. Não se combate o crime com política criminosa. As imagens do Brasil que circulam no país e no mundo indicam que o Estado brasileiro se converte num instrumento de barbárie social, de regressão política, de infâmia e criminosa omissão institucional. É aterrador o silêncio institucional dos poderes. Quando os que podem se omitem de fazer o que lhes é devido regredimos todas e todas ao que Hobbes chamava de guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes), mas a diferença em relação ao autor do Leviatã é que no Brasil essa guerra tem nome e classe social. É a guerra do grande capital, da grande burguesia, financeira sobretudo, contra o proletariado, contra a classe trabalhadora, contra as e os perversamente incluídas e incluídos na ordem da degradada desigualdade social produzida pelo sistema do capital, o Grande Leviatã.

Diante da chacina desse 28 de outubro de 2025, de sangue e violência produzidos pelo Estado, de corpos estendidos no asfalto, de uma população indefesa, que vive em contínuo estado de pânico e terror, o que as autoridades têm a dizer? O que o Parlamento brasileiro (Senado, Câmara, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais) tem a dizer? O que o Poder Judiciário e o Ministério Público têm a dizer? O que as Instituições Civis e Religiosas, o Poder Militar, as Universidades e Institutos, a OAB, os Conselhos, a CNBB, os Partidos, os Sindicatos, os Movimentos e as Associações têm a dizer? Diante de tanto silêncio e omissão haveremos de esperar o grito das pedras?

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