À esquerda,
ouço sons de amor
à direita
as vozes sugerem ódio
sonhos entram pelo
ouvido oposto
ao lado que me
traz tormentos
aterradores os sons
desumanas suas propostas
a fronte erguida
impassível diante
dos padecimentos
não esperem de mim
qualquer aposta
sinistros esses ouvidos
fazendo-se moucos
ganham sadia surdez
a me impedir
oferecer
alguma resposta
Talvez os olhos
- quem sabe?
Comments