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Digitais

Os impérios tentam estender a ordem por eles administrada, onde quer que suponham estarem oportunos fornecedores dos bens, materiais ou não, que satisfaçam sua fome voraz. No passado, chegados a novos territórios, preocupavam-se os colonizadores em explorar tudo quanto a natureza lhes pudesse saciar, não descurando, todavia, de promover intensa doutrinação dos ocupantes originais. Assim, a História registra toda uma trajetória de violência e discriminação, que ainda não cessou. Não se trata, hoje, da simples repetição do passado como farsa, mas de um tipo de anti-humanismo, expresso em contexto diferente, o que confere caráter ainda mais perverso que o colonialismo anterior. Os avanços tecnológicos e o estímulo à manutenção de um clima de ódio permanente respondem, em geral mas não com exclusividade, pelo colonialismo em sua fase atual. Os conflitos ora registrados em várias partes do mundo têm muito a ver com a ação imperial da mais poderosa e belicosa nação, cujas iniciativas governamentais parecem recheadas do desespero. Donald Trump, mais esperto que inteligente, reconhece-se como governante de um império em declínio. Apóstolo dedicado ao deus dinheiro, onde vê a oportunidade de obter maiores lucros, para lá dirige seus olhos cúpidos e promove o que lhe parece capaz de satisfazer sua ganância. Mesmo à custa da vida de milhares de seres humanos. Onde quer que haja conflito, lá se poderá encontrar as digitais do Presidente norte-americano.

 
 
 

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