Armada é a pátria
e desalmada
vida sôfrega
a que falta qualquer
alma
vontade trôpega
hesitante caminhada
sofrimento humilhação
nenhuma calma
O prato
há tempos não o frequenta
frugal feijão
as ruas sendo o abrigo
de feroz e indigesta
solidão
o que recebe o solitário
não é abraço
amigo
o som parece vir
do pelotão
A todos falta
energia necessária
ao enfrentamento
da pandemia que
assassina
não são poupados
vil comandamento
o velho o adulto
a criança
todos entregues à mesma
trágica sina
que faz soçobrar
a esperança